sexta-feira, 21 de junho de 2013

Eu quero lutar por menos!

Quero precisar de menos. Quero que o Benjamin cresça com menos necessidades. Quero que seja menos carente do eu fui, ainda que eu, por muito esforço dos meus pais e avós tenha sido muito pouco carente de tudo.

Quero sim uma cidade que seja mais. Mais justa, mais segura, mais acessível, mais saudável, mais - de fato - democrática. Quero que cada um possa viver na sua e ter seu espaço para viver suas liberdades. Quero poder assegurar o meu direito - e dos próximos também - de hastear as bandeiras da diversidade, sem discriminação. Não quero mais essas babaquices nomeadas no poder. Quero posicionamento.

Quando eu estava na faculdade e fazia parte do Centro Acadêmico diziam que eu era em cima do muro. E talvez essa percepção viesse pelo fato de que sempre me dispus a escutar o que os vários "lados" de uma mesma história tinham a dizer. Agora, depois da maternidade, eu me autorevolucionei e concluí, a duras penas, que não existe assim - infelizmente - um meio do caminho. Para se chegar ao "meio do caminho", a um lugar de paz, é preciso posicionar-se e escolher um lado. E eu escolhi um lado.

O lado de quem vai apoiar as causas que lutam pelos que tem menos. As lutas por direitos humanos. A luta pelo respeito ao outro em primeiro lugar. E já que não consigo sair mais e ir às ruas protestar vou me comprometer a falar e discutir com quem posso em profundidade. A pensar, debater e tentar entender a fundo que acontece nesse nosso país pra poder, enfim mudar alguma coisa dessa nossa triste realidade.

E por isso aqui vou colocar alguns links de causa importantes para se interessar, apoiar e lutar e instituições com informações que aprofundam sempre os debates políticos:

Infância Livre de Consumismo: pela regulamentação da publicidade dirigida à criança
Petição pelo NÃO AO ESTATUTO DO NASCITURO
Cooperifa SP



Mais um adendo: No dia em que eu crescer quero escrever assim bonito que nem a Super Duper Anne, nessa belíssima reflexão que aqui está.

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Dar um trato na jaula

Daí que um monte de gente me pergunta sobre como que a gente faz pro Benjamin escovar os dentes e não chorar.

A gente não faz. Hahahah Ele chora, meu povo. É verdade que chora pouco, mas chora.

Aí decidi contar um pouco - inclusive pra registrar - sobre como é esse lance de "dar trato na jaula", como diz o papai, aqui em casa.

Tudo começou bem cedo, quando ele era ainda "sorribanguelo", ou seja, desdentado. Uma vez por dia, e a bem da verdade quando dava, eu limpava a boca dele (uma mini boca) com uma gaze embebida em uma solução de água e bicarbonato de sódio. (100ml de água filtrada fervida com 1 colher de chá de bicarbonato de sódio). Fomos assim até ele começar a comer, por volta do sexto mês.

Nessa época, com seis meses, passamos a usar a "dedeira". Um negócio de silicone que tem cerdas. Seguindo sempre a orientação da pediatra limpávamos a boca dele pelo menos uma vez por dia, sempre antes de dormir, com a dedeira e água filtrada. Deixávamos ele deitado no trocador e sempre fazendo caretas engraçadas e abrindo a boca enfiávamos a mão na boca dele (no caso, na gengiva) e limpávamos o que estivesse por lá). Assim foi até ele ter uns nove meses, quando apareceram os primeiros dentes.

Aí veio a primeira grande dica da pediatra pra introdução da escova de dentes: Dê uma escova de dentes pro Benjamin. (Óbvio, né?). Mas fato é que até então a gente tinha comprado uma escova de dentes pra ele, que ficava com a gente. E a ideia era, ele precisa ter uma escova de dentes pra ele, que fique com ele. E isso fez toda diferença. O cara se apaixonou pela escova de dentes.

Outra coisa, a escovação de dentes aqui em casa passou a ser coletiva. Ou seja, criamos momentos de escovar os dentes. Logo cedo todos escovamos os dentes juntos, a noite, também. E ai vira uma coisa gostosa de se fazer, como uma brincadeira.

Um outro ponto. Definimos que, por uma questão de bom senso, pelo uma escovação do dia precisaria ser feita pelo papai ou pela mamãe, uma escovação pra valer, de verdade, sem choro nem vela. Com o intuito de limpar mesmo. Mas como o hábito de escovar os dentes já está bem consolidado na maioria das vezes não temos maiores problemas.

Aí outro dia, numa palestra sobre odontopediatria, aprendi que o uso da pasta de dente SEM Flúor é superimportante e desde então inserimos a dita cuja no nosso dia a dia e isso facilitou e muito a escovação dos dentes do Benjamin.

De todo modo, pra resumir, algumas dicas importantes pra ter sucesso na coisa de escovar os dentes do pequenos é:

  • Comece desde cedo. Hábitos que vem desde que eles são bem pititicos são absorvidos mais facilmente (vide o ADtil)
  • Tenha sempre duas escovas de dentes. Uma que você usa pra escovar os dentes do seu filho e que fica com você e outra que ele usa e ele guarda e fica com ele!
  • Faça do momento de escovar os dentes (ou a gengiva) um momento gostoso
  • Não tenha medo de escovar os dentes do bebê, mesmo que ele chore, é pro bem dele
  • Algumas posições são mais fáceis para realizar a ação: deitado ou sentado com a cabeça levemente inclinada para trás (nessa posição a criança automaticamente abre a boca - se coloca-la no cadeirão é batata, dá certo!)
  • Compre uma escova de dentes muito macia
  • Se for usar pasta de dente e seu filho tiver  menos de 6 anos use uma pasta de dentes SEM FLUOR e SEMPRE CONSULTE SEU PEDIATRA/ ODONTOPEDIATRA
  • Mesmo que seu filho adormeça mamando e você não queira acordá-lo para escovar os dentes, escove BEM os dentes dele ANTES da mamadeira do soninho e não deixe de escovar os dentes dele de manhã, quando ele acordar
  • Escove os seus dentes na frente do seu filho e mostre à ele como isso é gostoso de se fazer e prazeroso. Não esqueça: crianças aprendem pelo exemplo! :-)